quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

3º Andar...

Amar é assim, você se atira do 3º andar, se quebra todo ao chegar ao chão, mas cada segundo em queda livre traz a emoção que você procurava. É como se agente fosse capaz de voar, e é isso que nos faz querer saltar todas às vezes, mesmo sabendo que o ser humano não foi feito pra voar, que cada arranhão, por menor que seja, pode nos machucar profundamente, às vezes agente até entra em coma, quebra alguns ossos, mas nada que o tempo não cure, ou que um novo amor não amenize, para que nos fortaleçamos e estejamos fortes pra pular de novo, até o dia em que aprendermos a criar asas, para que possamos voar em direção à felicidade, embora às vezes seja bom cair, afinal, o chão não é tão duro quanto parece e nem sempre é ele que nos apara a queda. De vez em quando caímos na piscina da paixão ou de um novo amor que nos serve de almofada, alguém que sempre esteve ali embaixo esperando o momento certo de nos segurar, mas que até então não enxergávamos, e que a partir daí passamos a ver com outros olhos...

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Agradecimentos

Poizé galera, depois de 5 anos, eu me formei, passei no exame de ordem, tô advogando há quase 1 ano e agradeço muito tudo de bom que tem acontecido na minha vida nos ultimos dias, e pra celebrar esse momento, trago pra vocês o texto de agradecimento que escrevi para a minha formatura, muitos de vocês já leram, mas para os que ainda não tiveram essa oportunidade, o texto tá aí. Um forte abraço e até o próximo post.

Agradecimentos

Agradeço a Deus, por ter me conduzido até aqui, por mais tortuosos que fossem seus caminhos, e por todas as pessoas maravilhosas que ele inseriu na minha vida.

Agradeço aos meus pais, por toda a dedicação, carinho, afeto e paciência que tiveram durante essa jornada rumo à concretização de um sonho que também foi partilhado por eles. Agradeço aos meus irmãos, pelo apoio, pela cumplicidade, pelos sorrisos, peripécias e traquinagens que mantém viva a criança que existe dentro de mim. Agradeço aos meus avós, pela ternura, pelos mimos e por compartilharem comigo toda a sapiência que a maturidade dos anos lhes trouxe. Sou grato assim, a minha família, que como qualquer família brasileira, é uma miscelânea de raças e cores, tem bons e maus momentos, defeitos e qualidades, mas conserva na unicidade de seu clã um imensurável coração.

Por fim, não poderia deixar de agradecer aos meus amigos, irmãos que agente escolhe, pessoas que muitas vezes nos conhecem melhor até que nós mesmos, a todos vocês meu muito obrigado, pelos bons e maus momentos, pelo privilégio de fazer parte de suas vidas, e por todas as conquistas que tivemos e que ainda teremos, e que nunca deixemos de ser Melhores Amigos Para Sempre!

Retirando as teias de aranha...

Égua! Como o tempo voa né!? Ainda ontem estava às voltas com a criação deste Blog, pensando no que escrever, como incrementá-lo, pensando se vocês iam gostar ou não. Enfim, de lá pra cá aconteceu tanta coisa, meus afazeres do mundo real acabaram por me afastar um pouco do mundo virtual, mas parafraseando o rei Roberto Carlos “daqui pra frente tudo vai ser diferente”, o blog tá de volta e traz como primeiro post o texto: “Amor à segunda vista...” Uma das minhas produções favoritas, espero que gostem. Vou ficando por aqui, um grande abraço a todo vocês, aguardem os próximos posts e não deixem de comentar.

Amor à segunda vista...

Às vezes precisamos abrir a mente para as possibilidades, re-analisar fatos conceitos e principalmente pessoas, dar uma “segunda chance”, acho que o termo é esse, uma segunda chance para uma primeira impressão. A máxima de que não se deve julgar um livro pela capa nunca foi tão precisa, “nada é o que parece ser”, por mais clichê que seja essa frase, pessoas que conhecemos há anos e que temos a pretensa ousadia de dizer: “conheço como a palma da minha mão”, sempre são capazes de nos surpreender e despertar em nós sentimentos que antes não tínhamos em relação aquela pessoa, e que sequer outrora cogitávamos ter.

O fato, é que o destino nos prega muitas peças, guiando-nos pelas incertezas de nossas convicções, e somente quando estamos prestes a perder algo ou alguém que sempre estiveram presentes em nossas vidas, mas que considerávamos aparentemente descartáveis por não compreendermos a importância que tinham, é que buscávamos correr atrás do prejuízo, porém, nem sempre a vida nos dá uma segunda chance, cabe a nós saber o momento de dar essa segunda chance. “Quem ama o feio, bonito lhe parece, e quem não o ama, é porque ainda não soube enxergar a beleza que ele tem.”


Por: José Fernando Oliveira de Freitas.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

ABAIXO-ASSINADO PELA PERMANÊNCIA DO PROFESSOR JEAN CARLOS DIAS

Recebi hoje o seguinte e-mail da Tainá:

Fernando,

Conversei com o Jean e ele disse que a Aline Chamié que determinou que ele não ficasse mais com a nossa turma e com o pessoal da tarde, mas também não deu maiores explicações pra ele.

Ele também disse que o pessoal da tarde fez um abaixo assinado requerendo a permanência dele como professor, mas ela nem aceitou.

Bom, o que venho propor é o seguinte, poderíamos fazer um ofício (abaixo-assinado) juntando as turmas da noite e da tarde, não mais pedindo, mas informando à Coordenação que, caso coloquem outro professor no lugar do Jean, a turma se recusaria a assistir aula, ou seja, vamos boicotar a aula de qualquer professor que venha substituir o Jean.

Acontece que isso deve ser feito antes de terminar esse semestre porque seria uma falta de consideração com o professor novo ninguém aparecer pra aula dele. Fica chato. Então a coordenação tem q estar informada antes que organize os horários dos professores pra que isso seja evitado.

To te mandando esse e-mail porque acho que tu tens o e-mail de todo mundo. E também pra q a gente tome a frente disso.

Me responde assim que der pra gente ver se já leva hoje no CESUPA pro pessoal assinar, já que hoje tem prova de penal e de processo do trabalho.

Bjoos
Tainá

Concordo e assino em baixo!

Queridos colegas, como se sabe, a nossa inexorável coordenadora de curso, se recusa a refazer os horários de aula para encaixar por mais um semestre o professor Jean Dias, titular da disciplina de Direito Processual Civil, e desde já, nosso paraninfo, então resolvemos fazer um abaixo assinado nos recusando a aceitar outro professor, em minha opinião, não mais direcionado à coordenação, e sim à reitoria. Para tanto, necessitamos da colaboração de vocês, mas especificamente de suas assinaturas, que serão recolhidas no dia 10/12/2007 na nossa sala, às 18:30. Estarei lá esperando por vocês. Um grande abraço!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Histórias do Círio

Peripécias de Nazareno

- Vó me conta uma historinha?

- Claro minha netinha, mas que tipo historinha você quer que eu conte?

- Eu queria uma história sobre pato!

- “Pato”! Hum... Vamos ver... Há! Já sei! Vou te contar uma história que aconteceu comigo há muito tempo.

Depois de muitos anos morando em São Paulo, seu avô e eu resolvemos nos mudar para Belém, terra natal dele. Quando chegamos aqui, em outubro, bem pela época do Círio, me encantei com a grandiosa e belíssima festa em homenagem à Virgem Santa de Nazaré. Era a festa da fé. Em toda a minha existência, jamais tinha visto festa tão fervorosa quanto essa, na época ouvi um comentário afirmando que se tratava da segunda maior festa religiosa do mundo, perdendo apenas para a procissão de Aparecida do Norte, a padroeira do Brasil, em virtude de seu grande número de fieis.

Seu avô e eu fomos à casa de uns amigos dele que haviam nos convidado para almoçar, foi quando pela primeira vez provei o “Pato no Tucupi”, aquela foi a melhor iguaria que eu havia comido, tinha também uma “Maniçoba”, da qual não me atrevi a comer, pois tinha um aspecto um tanto esquisito. Fiquei tão maravilhada com o “Pato”, que resolvi pedir a receita à anfitriã, a fim de prepará-lo num almoço na semana seguinte em minha nova casa.

Como eu era nova na cidade, dona Maria, que havia me fornecido a receita, fez o obséquio de encomendar o pato. Segundo ela, o pato deveria ser comprado vivo, para ser morto e depenado por quem fosse cozinhá-lo, esse era o costume, portanto achei por bem preservá-lo. Quando o animal chegou à minha casa, fiquei impressionada com aquele “patarrão”. Amarrei-o no quintal e fui até a cozinha iniciar os preparativos do “Prato”, foi quando ouvi um grito:

- Corre que o pato ta fugindo!

Corri até o portão e vi meu pato fugindo ao longo da rua, e pra não perder o “pato” e o “prato”, corri atrás do dito cujo. Mas não é que o danado corria mesmo. Ele subiu a Antônio Barreto, pegou a Alcindo Cacela, e eu na cola dele, estava tão concentrada em querer alcançá-lo que nem me dei conta da multidão que se formava atrás de nós, até que ouvi outro grito:

- Quem pegar o pato leva pra casa!

E o povo crescia atrás do meu pato que a essa altura já tinha chegado à José Malcher e seguia em direção à Avenida Nazaré. Já estava cansada de tanto correr e imaginando se esse pato não ia mais parar. Um garoto que assistia a tudo de longe berrou: - Égua do pato ligeiro! E quanto mais difícil se tornava alcançar o pato, mais gente se empenhava em consegui-lo. Ao chegar à Basílica de Nazaré, o pato parou e entrou na igreja, e a multidão de corredores entrou junto.

Foi a maior confusão, era gente pra todo o lado, correndo, gritando e chamando pelo pato, outros fazendo promessas pro caso de encontrá-lo, enfim, a igreja estava a maior balbúrdia. O padre e o sacristão já estavam perdendo a paciência com todo aquele alvoroço na casa de Deus, até que finalmente eu o encontrei, e num rompante de alegria soltei um urro que fez com que todos se calassem. Tive muita sorte de ter ido procurar aquele pato justo no lugar menos provável, o confessionário. Diante daquela situação constrangedora e embaraçosa, não tive outra saída senão pedir desculpas ao padre e explicar toda a situação, e enquanto eu me explicava, a multidão, agora sentada e em silêncio, ouvia atentamente cada detalha de minha aventura. No final todos riram e ficaram muito impressionados com tudo, principalmente com a destreza daquele pato. O padre aproveitou que a igreja estava cheia e resolveu realizar uma missa.

Ao sair da igreja com o pato nos braços, fui abordada pelo repórter de um jornal local, ele queria que o pato e eu fôssemos ao telejornal dar uma entrevista. No fim de tudo, o pato e eu acabamos virando celebridades e eu acabei ficando sem o “prato”. Como se isso não bastasse lhe deram o nome de Nazareno e ainda escolheram-no para ser a mascote da corrida do Círio, que acontece todos os anos.

- Então? Gostou da historinha?

- Adorei vovó, amanhã eu vou querer ouvir outra! Boa noite!

- Boa noite minha querida, sonhe com os “patos”. Quer dizer, com os anjos!

Texto de: José Fernando Oliveira de Freitas.